sexta-feira, 24 de maio de 2013

Fumo branco, fumo negro


Aconteceu na Escola…
Acontecem coisas na escola que julgava, há muito, arredadas do seu seio, mas não!
Puro engano.
Tudo nasceu de um cheiro a fumo no balneário, que o funcionário comunicou à docente.
Esta, no dia seguinte, participa ao Director relatando que um aluno queimara um teste antigo e outro assistira ao facto. Sublinho: participou factos que os meninos assumiram, logo que confrontados por ela.
Uma semana depois o segundo aluno é ouvido em processo de averiguações, com todos os contornos aparentes de processo disciplinar.
Referiu, ele, que apenas vira o colega de turma a queimar uma folha enrolada.
Apesar disso, a instrutora, ao longo da audição, fez perguntas indutoras da resposta que pretendia obter, em tom intimidatório, dizendo que “não te esqueças que há outras pessoas que já foram ouvidas … posso pôr aqui que participaste?
E, no final da inquirição, disse para o menino “de certeza que te será aplicada uma medida disciplinar - ipsis verbis, sem nunca sequer ter especificado a espécie ou modalidade, deixando pairar no ar a ameaça de que seria grave.
Qual medida? – interrogávamo-nos, procurando resposta no Regulamento Interno, mas em vão.
Durante os dias que se seguiram [e foram oito!], em casa, instalou-se a inquietação em todos os membros da família.
Até que, ontem à tarde, recebemos a notificação do arquivamento da participação: num categórico despacho de oito linhas o director concluiu que, relativamente ao segundo menino, não havia qualquer facto que lhe fosse imputável. E, quanto ao autor, “por os factos não revelarem gravidade que justifique a aplicação de medidas disciplinares", determinou o arquivamento.
- Fumo branco! - nem queria acreditar, que alívio!
Após dias negros de incerteza, a boa nova.

O “fumo branco” da escola tem um sabor especial e muito mais intenso do que aquele outro, da mesma cor, com que o Vaticano anuncia o “habemus papam”.