Imagem seleccionada do blog "A a Z"
http://www.aaz-nj.blogspot.comSábado, dia de inverno pegado, vem-me à memória o poema tempo fluvial de Nuno Júdice, por ele publicado no seu blog em Agosto de 2008.
Muitas vezes o li. Releio-o. Nele descubro a mais bela página!
*
Se eu definisse o tempo como um rio,
a comparação levar-me-ia a tirar-te
de dentro da sua água, e a inventar-te
uma casa. Poria uma escada encostada
à parede, e sentar-te-ias num dos seus
degraus, lendo o livro da vida. Dir-te-ia:
«Não te apresses: também a água deste
rio é vagarosa, como o tempo que os
teus dedos suspendem, antes de virar
cada página.» Passam as nuvens do céu;
nascem e morrem as flores do campo;
partem e regressam as aves; e tu lês
o livro, como se o tempo tivesse parado,
e o rio não corresse pelos teus olhos.
Nuno Júdice
Domingo, dia de inverno...imaginei-me ali sentada! tudo era silêncio, toda aquela paz! lindo!
ResponderEliminarBeijinhos
Passei em busca de novas postagens...
ResponderEliminarbj
... sorri ao ver esta imagem e ao reler este poema de Nuno Júdice!
ResponderEliminarConheço o blogue e só lamento que o poeta tenha deixado de nele escrever...
Essa imagem e alguns dos versos de poemas lá publicados, deram origem à criação de um post para responder a um desafio literário que me foi lançado há uns dois ou três anos :)
É um dos meus poetas favoritos! De uma sensibilidade quase única!
E, no entanto, fui ouvi-lo o ano passado numa conferência e fiquei 'muda' de desilusão! O poeta não tem nada a ver com o orador :(
Fiquei muito feliz por tê-lo de volta em 'fragmentos'! É sempre com muito prazer que 'releio' e converso com um bom amigo!
Uma boa semana!
Um beijo,