Tudo o que representa ou faz lembrar uma coisa, um facto ou um fenómeno presente, passado ou futuro é um sinal; pode ser também um testemunho. Toda a cidade tem os seus.
1. A Música da Poesia
No dia 19 de Março aconteceu mais uma edição da Música da Poesia.
Desta feita, no Museu Grão Vasco, junto de belos quadros, autênticas obras-primas, que serviram de inspiração aos participantes.
Presentes: Amadeu Baptista e Inês Ramos que leram vários poemas (da autoria de Nuno Dempster e Amadeu Baptista); e Isabel Cabral Costa que declamou o “Somno do João” de António Nobre.
A Orquestra de Cordas do Conservatório interpretou “As Quatro Estações” de Vivaldi.
Salão cheio! O que significa que o objectivo traçado ab initio foi almejado: a criação de hábitos de cultura.
2. Dies Irae
Há muitos anos, o meu amigo asseverou que o Requiem de Mozart era a composição mais bela de toda a história da Música.
Na primeira oportunidade adquiri a obra em disco e passei a ouvi-la com alguma frequência. Percebi a razão pela qual o meu amigo tinha a obra em tão elevado nível de consideração. É extraordinário o início da famosa sequência da liturgia dos defuntos, que é o Dies irae, (do latim, “Dia da Ira” – alusão ao Dia do Juízo).
Tinha a secreta esperança de um dia poder assistir ao vivo a tão famosa obra-prima.
A oportunidade chegou a dezassete de Abril, quinta-feira santa: o Requiem de Mozart, pela Orquestra do Norte e Coro Sinfónico Inês de Castro, abriu o 7º Festival de Música da Primavera.
Excelente, a direccção pelo maestro José Maria Moreno; extraordinários, os solistas: Cristiana Oliveira - soprano; Ana Ferro - mezzo soprano; José Manuel Araújo - tenor; e Luís Rodrigues - barítono.
A Sé Catedral, que tem boas condições acústicas, encheu. A qualidade do concerto foi altíssima. Momento único na vida e na história da cidade!
C J C
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